As cotações da cenoura continuaram em queda no mês de novembro. A “suja” foi comercializada a R$ 15,éreflexodeboaproduçãoemaiorá42/caixa de 29 kg em São Gotardo (MG) e Cristalina (GO). O recuo de 32% pode ser explicado pelo aumento da oferta nacional, que é reflexo da entrada de novos produtores, maior área plantada e atraso no desenvolvimento das raízes, que acumulou maior volume entre novembro e dezembro.

O preço recorde no primeiro semestre estimulou a entrada de novos produtores no mercado; além disso, a finalização das safras de alho e de cebola deram espaço para investimento na cenoura – o que elevou a disponibilidade das raízes a partir de outubro. O atraso no desenvolvimento, por sua vez, é consequência das baixas temperaturas nos meses de setembro e outubro, fazendo com que o ciclo se prolongasse e a oferta se elevasse, por ter mais áreas sendo colhidas juntas.

Quanto à produtividade, continua elevada em MG e GO. A primeira quinzena de dezembro foi marcada por chuvas fortes nas regiões produtoras de MG, GO, BA e RS. Em MG e GO, não houve muito estrago, uma vez que as chuvas foram esporádicas e o manejo auxilia na redução de danos de doenças, como a “mela”. Já na BA e no RS, as perdas foram mais expressivas, garantindo a compra de raízes mineiras para abastecer o mercado local.